Postagens

Mostrando postagens de março, 2011

AS DUAS FACES DO AMOR: EROS E ÁGAPE-Pregação casa pontificia quaresma 2011

Imagem
Pe. Raniero Cantalamessa Primeira prédica de Quaresma AS DUAS FACES DO AMOR:   EROS E ÁGAPE 1. As duas faces do amor Com as prédicas desta Quaresma, eu gostaria de continuar o esforço, iniciado no Advento, de trazer uma pequena contribuição à reevangelização do Ocidente secularizado, que constitui nesta hora a preocupação principal de toda a Igreja e, em particular, do Santo Padre Bento XVI. Há um âmbito em que a secularização age de maneira especialmente difusa e nefasta, e é o âmbito do amor. A secularização do amor consiste em separar o amor humano de Deus, em todas as formas desse amor, reduzindo-o a algo meramente “profano”, onde Deus sobra e até incomoda. Mas o amor não é um assunto importante apenas para a evangelização, ou seja, para as relações com o mundo. Ele importa, antes de todo o mais, para a própria vida interna da Igreja, para a santificação dos seus membros. É nesta perspectiva que se situa a encíclica Deus caritas est , do Papa Bento XVI, e é nela que

Perseguição aos cristãos matou mais pessoas nos últimos cem anos do que em toda a sua história anterior

Imagem
PORQUE SÃO OS CRISTÃOS O GRUPO MAIS PERSEGUIDO NO MUNDO? António Justo O Cristianismo é um fator desmancha-prazeres para detentores do poder e carreiristas. Ele coloca o interesse da pessoa no centro e em segundo plano os interesses de economias, ideologias, culturas e estruturas sociais. Todas as estruturas do poder não se sentem bem ao verificarem que uma estrutura global, como o Catolicismo, se erga, globalmente, como voz das pessoas sem voz. Muitos poderosos, especialmente na África e na Ásia, constatam que onde os cristãos estiveram, a democracia, a liberdade política e religiosa, os direitos humanos começaram, por primeiro, a germinar, apesar da corrupção inerente à pessoa. Isto complica-lhes o domínio. O cristianismo não pertence a nenhuma cultura, raça, sistema ou ideologia; o seu lugar é o Homem e o seu Deus encontra-se no interior de cada pessoa independentemente de confissões religiosas e da crença em Deus. Isto perturba e torna-se numa “ameaça” para que

Ratzinger-Bento XVI: A data da Última Ceia Passagem do livro “Jesus de Nazaré, Da entrada em Jerusalém até à Ressurreição”

1. A data da Última Ceia O problema da datação da Última Ceia de Jesus assenta no contraste, a este respeito, entre os Evangelhos sinópticos, de um lado, e o Evangelho de João, do outro. Marcos, que Mateus e Lucas seguem no essencial, oferece a este propósito uma datação precisa. «No primeiro dia dos Ázimos, quando se imolava a Páscoa, os discípulos perguntaram-Lhe: “Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?” [...] Chegada a noite, Jesus foi com os Doze» (Mc 14, 12.17). A tarde do primeiro dia dos Ázimos, quando no templo se imolavam os cordeiros pascais, é a vigília da Páscoa. Segundo a cronologia dos sinópticos trata-se de uma quinta-feira. Depois do ocaso, começava a Páscoa, e foi então consumida a ceia pascal por Jesus com os seus discípulos, bem como por todos os peregrinos idos a Jerusalém. Na noite de quinta para sexta-feira – sempre segundo a cronologia sinóptica –, Jesus foi preso e apresentado ao tribunal, na manhã de sexta-feira foi condenado à m

Bento XVI enfrenta cinco questões disputadas em seu novo livro - Apresentação do cardeal Marc Ouelle

Imagem
cardeal Marc Ouelle CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 11 de março de 2011 ( ZENIT.org ) - Bento XVI, ao apresentar uma interpretação da Sagrada Escritura que harmoniza análise histórica e fé, em seu livro “Jesus de Nazaré, Da entrada em Jerusalém até à Ressurreição” (Principia Editora), esclarece cinco “questões disputadas” sobre a vida de Cristo que ainda hoje provocam intensos debates entre teólogos e a própria opinião pública. Foi o que explicou na tarde dessa quinta-feira o cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos e relator do Sínodo sobre a Palavra de Deus (2008), ao apresentar a obra na Sala de Imprensa da Santa Sé. O purpurado canadense reconheceu que, ao esclarecer essas questões disputadas, esta obra, que leva a firma de Joseph Ratzinger - Bento XVI, "terá um efeito libertador para estimular o amor pela Sagrada Escritura”. Fundamento histórico A primeira questão é o fundamento histórico do cristianismo. “Dado que o cristianismo é a relig